A Cura
Os remédios que vocês tomam quando estão doentes, obviamente, possuem propriedades curativas, mas seriam insuficientes e até ineficazes se não houvesse em vocês algo que contribuísse para a cura: a própria matéria do seu corpo que, animada e exaltada pela força do seu espírito, é capaz de se defender.
Além disso, muitas vezes, os medicamentos que combatem as doenças, ao mesmo tempo, enfraquecem o conjunto do organismo. Então, é preciso deixar ao organismo a possibilidade de se defender despertando as forças incipientes nele.
Do mesmo modo, um médico não deve ser apenas aquele que prescreve remédios.
O seu amor pelos doentes, a sua compaixão pelos seus sofrimentos e a sua vontade de curá-los dando-lhes uma espécie de poder mágico: de toda a sua pessoa emanam fluidos poderosos que penetram no doente e o vivificam, o ressuscitam.
Eis o que também deveria ser ensinado aos estudantes das faculdades de medicina: que os remédios materiais são insuficientes e que os próprios médicos, com a sua presença, devem tornar-se uma medicina viva para os doentes.
Tradução: Ana Lúcia Sárcia
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